sábado, 18 de maio de 2013

Como detectar o cancro da mama?

Bom dia a todos!


Visto que o tema do dia tem sido a mastectomia que Angelia Jolie fez recentemente, decidi fazer um post um bocadinho mais sério e explicar como funciona o teste de DNA que permite saber se temos propensão a ter cancro ou não e como é feito o diagnóstico clínico de cancro da mama. Por ser um assunto sensível penso que é muito importante todas as mulheres saberem quando, como e se devem fazer esse diagnóstico.

Aproveito para dar a minha opinião. Eu penso que o que a Angelina Jolie fez foi de uma coragem tremenda. Não é nada fácil para uma mulher decidir tirar o peito assim de repente e expôr o caso ao mundo como ela fez. Nunca pensamos que isso nos pode acontecer a nós, mas quando acontece e temos uma decisão destas para tomar não é nada fácil. Se eu já a admiro por todo o trabalho humanitário que ela faz, agora ainda a admiro mais.


Em que consiste o teste de DNA?

Estes testes não servem apenas para diagnosticar o risco que uma pessoa tem de desenvolver cancro, mas também para calcular a probabilidade de mais de 2 mil doenças surgirem ao longo da vida. Infelizmente, este tipo de testes são uma exurbitância e nem todos o podem pagar. Depois de Angelina Jolie ter feito este teste e de o mesmo ter apontado o risco de 87% de probabilidade de desenvolver um tumor, a actriz decidiu então retirar as duas mamas como prevenção, visto que a mãe morreu com cancro da mama.
Os resultados destes testes no caso de cancro são muito eficientes e uma mutação dos genes BRCA 1 e BRCA 2 indicam a possibilidade de surgir a doença.
Algo muito importante: apenas as pessoas com histórico familiar devem considerar fazer este teste. Não é de bom senso toda a gente ir fazer o teste a correr e encher os hospitais e os laboratórios de trabalho. No caso de Angelina, ela só o fez porque a mãe também tinha tido cancro.


Como é feito o diagnóstico clínico do cancro da mama?

No caso de não existir possibilidade de fazer o teste de DNA e mesmo sem existirem casos na família, o cancro pode aparecer na mesma e então entra o papel do médico. Como se descobre que existe um tumor e o que é feito para saber se ele é realmente maligno?
  • O médico começa por fazer a apalpação do peito com as mãos, para poder sentir se existe algum nódulo. É muito importante a mulher fazer a apalpação sozinha, em casa, pelo menos uma vez por mês para sentir se há algo de diferente e mal sinta algum nódulo ou desconforto dirigir-se ao seu ginecologista.




  • De seguida serão feitos alguns exames. Entre eles, a mamografia, a ecografia/ Ultrassonografia, Citologia aspirativa, biópsia e testes de receptores hormonais (estrógenio e progesterona).
A Mamografia é realizada através de raios X e permite ao médico saber o tamanho, a localização e as características de um nódulo mesmo que este tenha apenas alguns milímetros. Deve ser feita regularmente e sempre que solicitada pelo médico.

A Ecografia permite saber se o nódulo é sólido ou se contém líquido (quisto) e é um complemento à mamografia.

A Citologia aspirativa é feita com uma agulha fina e uma seringa em que o médico aspira uma quantidade de líquido ou uma pequena porção do tecido do nódulo para exame microscópico. Vai permitir saber se é um quisto, que não é cancro, ou um nódulo sólido, que pode ser ou não cancro.

 A Biópsia pode ser ou não um procedimento cirúrgico e permite colher uma amostra do nódulo suspeito. Aqui sim fica-se a saber se é cancro da mama ou não.

 Os testes de receptores hormonais revelam se as hormonas podem estimular ou não o crescimento do cancro. Neste caso o médico decide se é aconselhável incluir no plano terapêutico um tratamento à base de antagonistas, que vão contrariar o seu efeito.

Se realmente existir um tumor maligno, serão realizados outros testes para obter mais informação sobre o tumor e para verificar se o cancro está presente em outros órgãos do corpo (exames de sangue, cintilograma ósseo, provas de função hepática, etc). Quanto mais cedo o tumor for detectado, mais rapidamente são realizados todos estes exames e pode ser possível curá-lo.

Espero ter ajudado a compreender o que  Angelina realmente fez e o quão importante é a prevenção e a frequente ida ao médico. Relembro que cancro da mama qualquer pessoa pode ter, não só as mulheres, e infelizmente é um dos cancros que mata mais gente em Portugal.


Aproveito para dizer que a AVON, da qual eu sou revendedora, apoia a luta contra o cancro da mama e em todos os catálogos tem um ou mais produtos que ajudam na luta contra o mesmo (http://www.avon.com.pt/PRSuite/static/images/about_us/crusade/cruzada_avon.pdf).

Até à próxima e um fim de semana cheio de saúde para todos!

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